Abro a porta
Após ruidoso despertar
Ando tropegamente
Sem sequer raciocinar
Quem chegaria em hora tão imprópria
Para tirar-me do meu sossego
Que visita tão inglória
Aparecendo num tropeço
Na soleira, lá está ela
Estranha visita
Em suas formas tão plurais
Ilustre desconhecida
Aperto os olhos, tento focar
Não consigo apreender
O que está a acontecer
Conheço-te de algum lugar?
Abre-se um sorriso
Sim, sim, já estive junto, contigo
Na infância, há duas décadas
Éramos vizinhos
Então cresceu e de mim se afastou
Encamusrrou-se e fugiu
Disseram que com a melancolia se encantou
E com ela se foi, ninguém sabe, ninguém viu
E hoje, como seu sorriso
Novamente se abre
Vim ter contigo
Prazer: meu nome é felicidade!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Sopro
Arde em mim
Pequena chama
Doce esperança
Tal qual brisa matinal
Com cheiro de orvalho
E profunda fragância
De laranjeira, afinal
O futuro se delineia
Em belo horizonte
A tudo o que me rodeia
Ei de construir pontes
Pequenos canais
Onde possa minha missão cumprir
Distribuir delicadezas aos montes
Ajudar o mundo a sorrir
Pois é o que trago em minha fronte
É o que trago toda em mim
Sorrisos, lábios doces
Para viver a vida feliz
Pequena chama
Doce esperança
Tal qual brisa matinal
Com cheiro de orvalho
E profunda fragância
De laranjeira, afinal
O futuro se delineia
Em belo horizonte
A tudo o que me rodeia
Ei de construir pontes
Pequenos canais
Onde possa minha missão cumprir
Distribuir delicadezas aos montes
Ajudar o mundo a sorrir
Pois é o que trago em minha fronte
É o que trago toda em mim
Sorrisos, lábios doces
Para viver a vida feliz
Redenção
E eis que o inesperado acontece
O que antes era sofrimento, vergonha
Agora envaidece
A agonia, a tristeza
De repente, se emudece
A imagem por anos encarada
Como verdade notória e fatal
Se mostra agora esmaecida
Lembrança estranha e não querida
Encerrada como ponto final
A luta contra a própria natureza
Contra realidade paralela,
Dentro de minha cabeça
Se mostra agora infrutífera
Como negar tanta beleza?
O jeito desastrado, distraído
A cabeça avoada, tal qual
Pequena doidivana
Se revela agora pelo sorriso tímido
Repleto de esperança
Pois ser normal não existe
Integrar-se a todos, a tudo
Quer coisa mais triste?
Perder-se no homogêneo fundo
Ser mais uma no mundo
O antigo desejo
Se mostra agora triste piada
Tão mais lindo e único
Tão mais belo e benfacejo
Aceitar-se e amar-se por inteiro
O que antes era sofrimento, vergonha
Agora envaidece
A agonia, a tristeza
De repente, se emudece
A imagem por anos encarada
Como verdade notória e fatal
Se mostra agora esmaecida
Lembrança estranha e não querida
Encerrada como ponto final
A luta contra a própria natureza
Contra realidade paralela,
Dentro de minha cabeça
Se mostra agora infrutífera
Como negar tanta beleza?
O jeito desastrado, distraído
A cabeça avoada, tal qual
Pequena doidivana
Se revela agora pelo sorriso tímido
Repleto de esperança
Pois ser normal não existe
Integrar-se a todos, a tudo
Quer coisa mais triste?
Perder-se no homogêneo fundo
Ser mais uma no mundo
O antigo desejo
Se mostra agora triste piada
Tão mais lindo e único
Tão mais belo e benfacejo
Aceitar-se e amar-se por inteiro
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Tão verdade...
You either like me or you don’t. It took me Twenty-something years to learn how to love myself, I don’t have that kinda time to convince somebody else
Daniel Franzese
em: http://thatkindofwoman.tumblr.com/post/39477907738/you-either-like-me-or-you-dont-it-took-me
Entremim
Já dizia Cecília
em verdadeiro soneto
Não sou alegre, nem triste
Sou poeta
Por inteiro
Não por escolha
Não por talento
Por fatídico destino
Eu e meu eterno desalento
A perene insatisfação
Que enfastia minha alma
Que cala meu riso
Que me paralisa as mãos
Como aprender com a vida
O que nem a escola
Nem mesmo família
Quiça nem Deus
(ó blasfêmia)
Ensina
A olhar no espelho
Sem subterfúgios, sem traumas
Com minha nua alma
E não entrar em desespero?
Como desvencilhar-se de sonhos alheios
De padrões que não são meus
De paradigmas outrora válidos
E hoje desfeitos, meros cacos
Como descobrir-me
Aceitar-me
Amar-me
Ou, quem dera, tolerar-me
Como se apaixonar por uma ilustre desconhecida
Pessoa arredia e sombreada
Com quem convivi toda minha vida
E de quem não sei nada
em verdadeiro soneto
Não sou alegre, nem triste
Sou poeta
Por inteiro
Não por escolha
Não por talento
Por fatídico destino
Eu e meu eterno desalento
A perene insatisfação
Que enfastia minha alma
Que cala meu riso
Que me paralisa as mãos
Como aprender com a vida
O que nem a escola
Nem mesmo família
Quiça nem Deus
(ó blasfêmia)
Ensina
A olhar no espelho
Sem subterfúgios, sem traumas
Com minha nua alma
E não entrar em desespero?
Como desvencilhar-se de sonhos alheios
De padrões que não são meus
De paradigmas outrora válidos
E hoje desfeitos, meros cacos
Como descobrir-me
Aceitar-me
Amar-me
Ou, quem dera, tolerar-me
Como se apaixonar por uma ilustre desconhecida
Pessoa arredia e sombreada
Com quem convivi toda minha vida
E de quem não sei nada
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