Lágrimas salgadas
Sôfregas
Descem pela face
Em sinuosa curva
Levam com ela
Os sentimentos
Os tormentos
Deixam minh´alma nua
Os muros caíram
As máscaras sumiram
Necessário construir pontes
Mas como? Para onde?
Minha solidão se foi
Minha dor não é só minha
Estranho sentimento este
O de não estar sozinha
Dou a mão
Faço carícias
Consolo, sorrio
Compartilho alegrias
A menina frágil
Estranha, vazia
Serve agora como arrimo
Escolhida pela vida
E diante da questão
Já não chora em sofreguidão
Arregaça as mangas
E faz acontecer.