sexta-feira, 9 de novembro de 2012

E agora?

E eis minha surpresa
Coisas que julgava absolutas
Dais quais tinha certeza
São confrontadas
Com a triste realidade
Com a vil verdade
De que, quem diria
Há um preço na dignidade

O tapa recebido
O grito ouvido
A agressão perpetrada
Quem diria, Meu Deus
Que seria facilmente perdoada
E que a vida seguiria
Em inconsequente alegria
Sem mudanças,
Em pura elegia

E agora?
O que fazer com paradigmas
Que foram absolutos outrora
Até outro dia
Como seguir com as crenças
Como reformular
Meu lugar na vida?

Olho ao meu redor
Em absoluta perplexidade
Com tão estranha e infame
Degradante realidade
O que fazer de mim?
Com minha sensibilidade?
Trabalhar a tolerância,
Respeitar a diversidade.